terça-feira, março 28

Divagações

O que sufoca você? Qual é a coisa que faz com que você perca a falta de ar? Aquela coisa que você sente que precisa respirar, mas que de alguma forma, não consegue? Alguém já parou para pensar sobre isso?

Eu já. Aliás, essa talvez seja a coisa que eu mais tenho parado para pensar nos últimos anos. Que tipo de sentimentos estão afogados, ou se afogando, dentro de mim? 

Certa vez, li que são abençoados aqueles que não sentem, por não saber... E eu digo... Não, não é legal. São tantas coisas, são tantos pensamentos, são tantos sentimentos que aos poucos você vai se afogando neles, ou vai os matando aos poucos.

A cada sofrimento, a cada tropeço, você acaba vestindo um pouco mais da armadura. É como se você fosse um zumbi sentimental... Entendem? Atrás de “sentimentos” dos outros para você poder se sentir mais vivo.

Esses dois anos eu negligenciei tanto esse lado da minha vida, que eu não sei como voltar, sinto que não tem mais volta, até porque, as opções que aparecem não são coisas das quais me faça me sentir viva. Eu não quero uma pessoa que me faça despir minha roupa... Eu quero uma pessoa que me faça despir minha alma, que faça com que meu coração bata novamente... E eu sinto que... Cada ano que passa isso se torna impossível de acontecer.

E eu só vim perceber isso hoje, depois de conhecer uma história de amor – Das que dão certo, mesmo quando as pessoas querem dar errado? Pois é.

Sinto falta de ter alguém na minha vida, mas ao mesmo tempo não quero uma pessoa que apenas esteja comigo porque vai ter sexo a hora que quiser. Não, eu quero uma pessoa que acima de tudo... Esteja disposta a conversar horas a fio sem se importar com a hora, uma pessoa que ao invés de querer sexo, queira intimidade. Uma pessoa que fique.

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