sábado, novembro 20

..:: Harry Potter 7/1 ::..

Desde tempos imemoriais (entenda-se 2001) que o mundo se rende à mente brilhante de JK Rowling. Ela com sua maestria conseguiu reunir milhões de pessoas, seja meninos, meninas, velhos, adultos (Ou aqueles que insistem em manter seu lado “criança” existindo) em volta dos acontecimentos da vida de um simples garoto.

Acompanhamos, não sem angústia, todas as (des) aventuras que levaram Harry, Rony e Hermione, é claro a vencer tabuleiros de xadrez de bruxos, cobras gigantes, viagens no tempo, tarefas mortais, mortes, mais mortes e muito mais mortes. Isso sem nos fazer perder a curiosidade.

Confesso que Relíquias da Morte foi o livro mais intenso que eu li nos últimos cinco anos, e o mais triste também. Nele, JK conseguiu unir as pontas soltas que haviam se perdido pelo caminho. Foi um dos livros que eu mais chorei. E era com a mesma intensidade (não sem receio, diga-se de passagem) que eu estava esperando pelo (s) sétimo (s) filme (s).

Eu vim de duas frustrações no que estava relacionado aos filmes do bruxo mais famoso da Inglaterra. O quinto filme foi uma bomba, e o sexto, em decorrência do quinto, ficou faltando muitas coisas (apesar de ter sido muito melhor adaptado que o seu antecessor). Quando eu soube que seria o mesmo diretor, eu fiquei apreensiva com o resultado.

À medida que a data iria se aproximando, a já conhecida ansiedade foi aumentando. A já conhecida curiosidade foi se aproximando. E eu não via a hora de que hoje chegasse. Ainda com as já típicas falhas em alguns detalhes, confesso que Relíquias da Morte é a melhor adaptação de TODOS os filmes do bruxo. Assim como o livro, o filme tem tudo para se tornar um dos grandes filmes épicos já produzidos.

A fotografia faz parte do filme. Ela simplesmente está lá como complemento (Sem contar que boa parte dela, aparece o lindo tom acinzentado de uma das mais belas cidades da Europa. Sim eu sei que eu sou suspeita – em todos os sentidos – para falar isso). Mostra uma Inglaterra, até certo ponto, bucólica. A onda de assassinatos de Voldemort acontecendo, e Londres lá, mantendo-se alheia a tudo (Assim como eu acho que seria).

Certo, vamos esquecer a chatice da parte técnica, afinal de contas, num filme o mais importante é a história contada.

Infelizmente, faltou muita coisa do livro, como eu já esperava. Faltou o Krhum (#OMG) contando do inimigo da família dele, que no final das contas era uma das partes importantes para a história do Dumbledore. Faltou a explicação sobre o fato de Harry não falar mais o nome de Voldemort abertamente. Está errada a forma como eles vão parar em Londres. Não houve a conversa do Harry com o Rony assim que esse se junta aos amigos. Não ficou claro quantas Horcruxes havia (Não lembro se em Enigma do Príncipe isso fica claro), não houve a porrada que a Hermione dá no Rony por isso, não houve a explicação do porque a imagem do Dumbledore aparece na casa do Sirius, não explica porque o Monstro passou a obedecer o Harry e principalmente, NÃO mostrou a agonia que o Harry (principalmente ele) sentiu ao escutar os gritos da Hermione em determinado momento do filme.

Entendam, claro que, para quem leu o livro (Se você não leu, não estava na terra nos últimos 10 anos) tudo estava claro, deu pra entender, mas para quem não leu e foi por ter assistido aos outros filmes, ficaram algumas pontas soltas.

Mas mesmo sem isso, é um dos filmes mais tensos da série sem sombra de dúvida. Quando eu li que, John Willians não iria assinar a trilha sonora, eu surtei, achei que seria impossível um filme do Harry sem a já conhecida música. Mas acreditem, ela não fez falta nenhuma. É bonito ver o amor fraternal crescendo cada vez mais entre o Harry e a Hermione, é lindo de ver como o Rony demonstra o amor dele por ela. E é mais lindo ainda, como ele, Rony, o amigo “tonto” de Harry Potter, acabou se tornando a consciência dele. E o braço direito.

Em determinado momento do filme, eu preferiria estar com o Rony a estar com o Harry, já em outros momentos o Harry era muito mais importante. O abandono do Rony foi importante, infelizmente. Ele se transformaria num estorvo para o Harry e a Hermione. Eles precisavam de um tempo juntos para poder fazer crescer o amor fraternal que eles sentiam um pelo outro.

Mas os três se completam. Sempre foram eles três, desde o primeiro, e a falta de um acaba sendo a falta de todos. Se hoje você escuta o nome Harry, logo em seguida vem Rony e Hermione. Eles são um só.

A parte triste de se ver é, sem dúvida nenhuma, Dobby. Sim ele volta. E completamente apaixonante. E é responsável pela cena mais triste, emocionante e intensa (pelo menos até agora) dessa primeira parte. Para quem leu o livro sabe do que eu estou falando. E mostra que Daniel Readcliff aprendeu, enfim a chorar em cena. É também o responsável pelas últimas palavras pronunciadas no filme.

“Que belo lugar para se estar com amigos... Harry Potter”.

Pode não ter sido a última cena, mas o diretor deu o tempo de um minuto quase certo para ficarmos em silêncio. Depois dessa cena, não há mais nenhuma trilha sonora, não há mais nenhum diálogo. Isso fez com que o Yates ganhasse vários pontos com essa que vos escreve.

Provavelmente, será um filme que verei mais de três vezes. Acreditem.

Filme Sessão Super Estreia.

Beijos Uivantes.

Ass. Lobinha.

4 comentários:

Anônimo disse...

Seguindo sua dica, já estou prvidênciando os livros que não li! adorei o post, parabéns =)

Carlos Alberto disse...

Já tinha assistido aos outros filmes mas ler, ler mesmo, só o Relíquias da Morte. E eu acho que, não sei se é ilusão minha, o livro mostra uma Hermione frágil... chorona. Não sei se isso intencionalmente ajuda no clima obscuro, ou melhor, triste e de despedida do filme, ou se ela sempre foi asssim mas traduzida como uma menina forte, que dava apoio a todos nas horas mais difíceis nos filmes...
O livro realmente é grande, mas a partir do momento qe você lê o primeiro capítulo, ou rpimeiro parágrafo, não consegue mais parar... eu varava madrugadas e lia pra mais de três capítulos por dia.

Ótimo post... Lobinha!!!!

Eddy Fernandes disse...

"Entendam, claro que, para quem leu o livro (Se você não leu, não estava na terra nos últimos 10 anos)". Nas entrelinhas: Acabei de chegar de Plutão.

Porque, né? Única explicação dentro da tua lógica. Nada contra o Harry, acho ótimo. Mas eu não tenho esse fascínio louco pela história. Os livros mesmo, eu li aleatoriamente. Comecei pelo primeiro, fui pro quinto, voltei, enfim. Eu acho que o que sempre me incomodou na literatura da JK Rowling, era uma espécie de circularidade na narrativa. Ao menos, nos livros que eu li, eu senti isso. Nada que se compare à um José de Alencar, por exemplo. Mas eu tinha a sensação de que determinadas coisas podiam acontecer antes do que aconteciam, saca? Principalmente numa história como essa, que usa de elementos fantásticos e tem todo esse apelo infanto-juvenil.

Te dizer, que esse pode ser mais um ponto de discórdia entre a gente, mas mesmo assim eu vou continuar te amando. Não estou me descabelando pra assistir HP 7, não. Se for, bem. Se não for, bem também, tomo um sorvete na Glacial.

Acho que esses block-busters cinematográficos são assim mesmo. ''Ame-o ou Deixe-o''. Eu deixo, a partir do momento em que estou com preguiça, mas não abro mão da sua companhia, então invariavelmente acabarei assistindo. Não digo nem que o filme é ruim, só digo que o filme não me interessa.

Beijos, Eddy.

PS - Sem tapas mais tarde, por favor. Grato, a Gerência.

Fábio Leonardo disse...

Cheguei ao blog por indicação do Eddy, e já vi que valeu a pena. Sou sim um dos oriundos da febre Harry Potter. Li com afinco todos os livros, assisti com afinco todos os filmes. E, no íntimo dos meus 11, 12 anos (ah, ok, nos 13, 14 e 15 também), esperei minha carta de Hogwarts, chegando atrasada, dizendo que tudo aquilo de estranho que eu fazia era magia (viajei um pouco? Desculpe...).

Falando sério, gostei muito do texto. Bem embasado, com ideias muito bem concatenadas, colocou de forma interessante suas opiniões sobre a história e seu desfecho. Realmente, As Relíquias da Morte foi um dos livros mais tensos que já li. Também um dos mais redondos. A história fechou-se bem, dentro da lógica proposta.

Parabéns! Virarei frequentador assíduo!