sábado, março 19

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Rock (¿) in Rio?

As pessoas que estão ansiosas pelo evento que me perdoem, mas este ano teremos TUDO na “Cidade do Rock” menos Rock. Depois de analisar as “atrações” dos dias do evento, está mais que claro, que simplesmente a organização perdeu o foco do que realmente é o Rock in Rio. E o pior, amparado por MILHÕES de pessoas que pela empolgação de falar: Rock in Rio eu vou – acaba denegrindo o significado do evento.

Em 1985 surgia no Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, um evento que revolucionaria a indústria musical brasileira. O seu nome? Rock in Rio.

Criado pelo empresário Ricardo Medina, a proposta era reunir as mais variadas atrações do Rock para celebrar a vida, amizade... Tudo o mais. Clichê, eu sei, mas ainda assim, deu certo. O espaço em que ocorreu sua primeira edição, logo ganhou o nome de Cidade do Rock. Um local que equivale a cinco Woodstock juntos. Tudo era proporcionalmente grande e seria o primeiro grande evento do país.

Na ocasião, grandes nomes do Rock compareceram ao palco para cantar seus maiores sucessos. Além de empurrar para o estrelato as bandas que até então só tocavam no circuito alternativo dos bairros do Rio de Janeiro. Esteve presente no evento a banda britânica Queen (Que foi responsável pelo momento mais emocionante dos shows ao fazer o público cantar a capela ‘love of my life’), além de James Taylor (Que graças do Rock in Rio teve sua carreira reiniciada), Whitesnake, AC/DC dentre outros grandes nomes do rock mundial. E atrações como Kid Abelha, Blitz, Lulu Santos e uma banda ainda pouco conhecida chamada Paralamas do Sucesso.

Em 91 houve a segunda edição do evento e trazia novas atrações e bandas de sucesso da época. Contou com a presença da banda americana Guns and Roses, Faith no more, Megadeth, Judas Priest dentre várias outras. Mas naquele ano, assim como na primeira edição, a polêmica foi que houve também shows dos New Kids on the Block (atualizando, digamos que seja os avôs dos Backstreet Boys só que mais mal vestidos).

Então chegamos aos anos 2000. Depois de 10 anos de um hiato que ninguém sabia se haveria ou não outra edição, os organizadores surpreenderam todos anunciando mais uma edição. Mais organizada, com mais palcos e com variedades de atrações. O rock dessa vez foi se transformando em POP, o que, claro, chateou muitos fãs dos antigos eventos. Além de OASIS, Foo Fighters e REM... Que por mais que eu goste de algumas músicas, ROCK não é o forte dessas bandas. Tivemos também Britney Spears, Sandy e Junior e Carlinhos Brown... Para quem viu, sabe que a plateia não aceitou muito bem a escolha dessas três atrações.

Mas, sinceramente, NADA se compara ao que aconteceu com o evento este ano. Os organizadores surpreenderam todos ao anunciar Rihanna, Katy Parry, Coldplay dentre algumas das atrações internacionais. Mas o que tem revoltado muita gente é a galera tupiniquim que foi escolhida. Os “clientes” poderão escolher nas “adoradas” atrações MONOBLOCO ou Claudia Leite... Claro que os organizadores estão visando o lucro e tudo o mais, porém eu acho que buscar o lucro sim, mas ir também atrás da qualidade. Claudia Leite... Bem eu posso estar muito enganada, mas ela NUNCA foi nem NUNCA será rockeira. E Monobloco? Nem composições próprias eles têm. Se fosse assim, levassem Emmerson Nogueira, que apesar de fazer sucesso com composições de outras pessoas, eu garanto que ele é muito mais rockeiro que esse grupo ridículo que ousa dizer que canta alguma coisa. No máximo eles estragam músicas que estão no mercado há tempos. Além de SABER tocar guitarra: instrumento clássico do que foi o verdadeiro Rock um dia.

Rock in Rio... Você AINDA vai querer ir?

Lobinha.

2 comentários:

Walter de Azevedo disse...

Eu fiquei muito decepcionado com as atrações. Até Martinho da Vila está confirmado. Nada contra Martinho, mas e o Rock?

Lien disse...

É...acho que perderam a noção...