terça-feira, dezembro 18

Faz algum sentido?




A saudade é uma coisa estranha, né? Você passa completamente bem sem ela, mas quando ela se instala em seu ser, parece que tudo que estava errado e confuso entram em sintonia com tudo que incomodava você, de uma maneira assustadora. É como se tudo começasse a fazer um sentido absurdo. Como se uma luz acendesse em cima de sua cabeça e tudo aquilo que estava obscuro aparecem na sua frente de maneira clara e certa.

Tudo que você estava sentindo e não sabia explicar, todo sentimento que estava escondido tomasse conta de você avassaladoramente assustadora. É como se a vida chegasse pra você e mostrasse o lugar que você gostaria de estar, a pessoa que você gostaria de ter, a vida que você gostaria de viver, mas que, infelizmente, você, por alguma razão não pode ter.

É nessa hora que surge o tão famoso, mas inconveniente coração vazio mais pesado que uma tonelada, seu corpo e sua mente sentem esse peso fazendo com que você perceba que, provavelmente, você, mais cedo ou mais tarde irá sucumbir a ele. É neste momento que seus olhos transbordam de maneira incontrolável.

A maioria das pessoas sente isso, de algo, alguém ou algum lugar do qual já esteve lá e não pode mais estar ou ter. Esse é o tipo de saudade que machuca tão profundamente a gente que talvez, nem mesmo o poder do tempo seja capaz de curar. Esse tipo de saudade dói, de verdade. Mas e quando a saudade é de algo que você era? De uma determinada situação que fazia de você um ser humano melhor? Quando a saudade é nesse sentido o que fazer?

Você passa a sentir saudade não da pessoa, mas da forma como você era quando aquela pessoa estava com você... Da forma como você sorria, da forma como a luz das estrelas reluzia em seus olhos, da forma como seu coração batia de maneira completamente tola que fazia com que você tivesse medo de que mais alguém o escutasse.

Posso dizer que essa saudade machuca mais do que todas as outras saudades juntas. Você não ser capaz mais de se emocionar facilmente, você simplesmente achar as coisas tão banais que passam despercebidas. Você não achar mais graça num canto de pássaro ou num raiar de dia... Você saber que não é mais capaz de sorrir com a facilidade que você sorria ou não ter o coração batendo mais rápido só de escutar o nome da pessoa que é dona do seu coração...

Dona do seu coração... Meu Deus, isso algum dia voltará a fazer algum sentido? 

Vanessa.

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