quinta-feira, novembro 28

2013? Já pode acabar.



O ano está chegando ao fim e incrivelmente este foi o ano mais rápido que passou nos meus 36 anos. Sei lá, este foi o ano que, definitivamente eu apenas passei pela vida. Mas de alguma forma foi, de certa maneira, bom isso acontecer, sem maiores problemas, sem nenhuma mágoa ou coisas do gênero. Acho que entrei naquele espaço em que as pessoas simplesmente não se importam com nada além do dia que está acontecendo.

Expectativas? Nenhuma. Futuro? Não penso mais nele. Nunca fui de pensar muito no futuro, agora menos ainda. Os últimos acontecimentos drásticos foram demasiados cansativos para que algo assim acontecesse novamente. Simplesmente eu não teria estrutura psicológica para aguentar.
Sim, eu sei, isso não é bom. Aliás, isso não é nada bom. Estar rodeada de pessoas e ainda assim, se sentir completamente sozinha. Sabendo que, por mais que existem pessoas maravilhosas na sua vida, elas têm a vida delas também para se preocupar... É ruim estar cercado num mar de rostos impassíveis. Chorar sozinha, entendem? Acho que este é o mal de quem sempre soube ser o ombro pra todos... Não ter um quando realmente precisa.

Ando sentindo falta de coisas na minha vida que eu sei que nunca acontecerão, que nunca virão. Já desisti de muitas coisas, estou cansada de lutar contra a maré. Esse é o mundo em que vivemos, aceite isso...

Não existe um lugar mágico, uma escola perfeita ou um acampamento para você fugir. Sim, todos nós precisamos de um lugar para fugir de vez em quando, mas... Querer nem sempre é ter, não é?
As pessoas têm me falado que eu estou pessimista... Não. Elas têm confundido pessimismo com realismo. Claro que eu gostaria que a vida fosse mais leve, mas ela NÃO é. Existem problemas e responsabilidades que nos mostram que ela não é. 

A única coisa boa do ano é que o cinema esteve lá, sempre ele, para segurar as pontas quando eu precisei. As pessoas não entendem porque eu gosto tanto de cinema... É como se ele fosse um irmão mais velho me abraçando quando as coisas estão ruins. Nele eu posso fugir, mesmo que por algumas horas dessa realidade esmagadora que está aí...

Vanessa Carvalho.

Nenhum comentário: