quinta-feira, abril 24

Distopia - Apenas protótipo.






Para cada pecado, existe uma virtude que se contrapõe. E o pecado de Sofia era a arrogância. A arrogância de saber que ela era uma das mais inteligentes da faculdade, e por isso mesmo, seria quase impossível não conseguir a vaga para qual estava concorrendo.
O horário marcado já havia sido quebrado, e isso a estava irritando. Ficava balançando a sua perna direita incansavelmente e já havia roído as unhas por pelo menos duas vezes, justo quando ela havia decidido parar com esse vício horrível. Já não era uma garotinha e esse vício deveria não existir mais. Ela pensaria nisso depois que conseguisse a vaga de emprego.
Sofia Collins. Estatura mediana, pele de um moreno da qual ela se orgulhava, cabelos cacheados que sempre causou inveja em suas amigas, apesar de ela mesma desejar possuir um cabelo mais liso e olhos de um castanho único, beirando a cor de mel. Cor esta herdada de sua mãe. Não se lembrava da mãe mais do que os detalhes que havia em uma foto cuidadosamente guardada em sua carteira.
Quando criança, gostava de escutar as histórias que seus tios e avós contavam dela. Diferente da filha, Anna jamais imporia sua inteligência para humilhar outras pessoas, como várias vezes Sofia fizera. Motivo de sempre aparecer um sorriso no canto de sua boca ao pensar no que sua mãe faria, se soubesse dessas atitudes dela. Sempre depois dos sorrisos, Sofia soltava um suspiro melancólico de nunca ter uma resposta concreta sobre isso.

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