sábado, setembro 4

..::Impotência::..

Estranhos.


Era assim que ela estava sentindo os dias. Nada estava diferente, mas de alguma forma ela sabia que as coisas estavam diferentes. Detestava quando as coisas mudavam. Ela não gostava de mudanças. As mudanças geralmente tinham a conotação de falta de controle, e ela não gostava de sentir que estava perdendo o controle.

Era romântica, até demais para o que ela gostava, portanto, tentada ao máximo controlar suas vontades repentinas de demonstrar romantismo exagerado. Ela vivia controlando as suas emoções. Ela vivia de extremos. Ou amava demais ou não amava. Não havia, neste caso, meio termos. Ela preferiria não amar (Na concepção ela – sentia-se segura quando isso acontecia). Quando se apaixonava, tinha medo de perder o controle das próprias emoções. Ela sempre fora passional demais, sabia que isso não era bom... Ser passional.

Sempre que abria a boca para falar “eu te amo” era verdadeiro. Detestava esses dias modernos em que pessoas não prestavam atenção para o verdadeiro significado da frase. Sorria sempre que pensava na pessoa que falava essa frase. Aquela que tomava conta do coração dela. Alias, como Davi Jones, ela havia entregado seu coração a ele dentro de um baú para que ele sempre estivesse seguro...

Mas de alguma forma ela sabia que algo havia mudado! Antes de qualquer coisa, ela sabia que havia mudado. Antes de qualquer briga, ela sabia que as coisas vinham mudando gradativamente, e em decorrência disso, a sensação de perder o controle aumentava... Isso era insano para ela. Ela acreditava nele! Verdadeiramente ela acreditava nele, mas de alguma forma ela sabia que as coisas estavam mudadas. E ela queria tanto estar com ele... O que, no final das contas, estava sendo potencialmente problemático. Ela nunca pensou que estar com a pessoa que ama seria tão complicado.

Ela detestava estar perdendo o controle... Detestava aquela distância estúpida... Detestava aquela sensação de impotência... Mas, acima de tudo, detestava verdadeiramente, sentir o medo que estava sentindo de que tudo estava perdido para sempre!

Beijos Uivantes.

Ass. Lobinha.

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