domingo, dezembro 26

..:: Lista dos 10 + ::..

2010: ano que tivemos a popularização do 3D em filmes que, no mínimo, são de gosto bastante duvidosos. Não é porque o filme está em 3D que ele vale a pena ser assistido. Há filmes que nem em 2D ele vale a pena... Enfim. Não foi um ano que eu possa falar que vai deixar saudades, pelo contrário, eu estou esperando uma safra um pouco mais “assistível” de filmes para o ano que vem.

O que prevaleceu este ano foram filmes que, em sua maioria, não valiam o ingresso. Com esse domínio do circuito cinematográfico, ficou difícil, bem difícil, escolher os 10 melhores filmes deste ano.

Ano que tivemos “tosquices” como “Par Perfeito” (Com o sem sal do marido da Demi Moore); “Resident Evil 4” (Que ficou provado que foi apenas para o estúdio ‘arrecadar’ dinheiro); “Jackass” (Comédia idiota demais para o meu nível cerebral) dentre outros, me fizeram pensar seriamente o que estará nos esperando para os próximos anos. Me fez parar para pensar onde se enfiaram os brilhantes roteiristas de outrora, com suas tramas complexas, suas histórias envolventes e suas mentes brilhantes que nos fazia ficar sentados por quase duas horas sem querer piscar. Sinto falta de filmes assim. COM ROTEIRO.

Os filmes deste ano morriam logo nos trailers. Trailer é importante até para isso. Você pode ‘vender’ um filme pelo trailer. Pode ‘enganar’ o público com um trailer tão envolvente que faz com que seu filme seja visto apenas por ele. Ou não. Esse ano, nem os trailers salvaram a maioria dos filmes em cartaz. São histórias rasas, sem qualquer parte interessante que faça com que uma pessoa normal saia da sua casa num sábado a noite para enfrentar fila e assistir ao filme. Claro, há aquelas pessoas que não se importam se estão comprando porcaria e vão assim mesmo. Essa é a beleza do mundo capitalista... Eu gosto... Vivo nele. São essas pessoas que me fazem não perder meu tempo. Sou grata a elas. Ora, não é porque eu sou apaixonada por cinema que eu vou assistir a TODOS os filmes que estão passando... O que vale, a meu ver, é a qualidade da informação que você tem a dar para seus conhecidos, e não a quantidade.

A minha lista começa com, obviamente, unanimidade praticamente: “A Origem” (Não há pessoa no mundo que tenha ficado de boca aberta nesse thriller psicológico que o Christopher Nolan escreveu). Uma história envolvente demais, cativante demais, brilhante demais para ficar fora de qualquer lista dos 10 mais. Com certeza o melhor filme deste ano.

Depois, pulando um pouco vamos para um filme “brazuca”... “Tropa de Elite 2”. Trama brilhante que mostrou o que É o Brasil. Sim, com violência exagerada, claro, afinal de contas, estamos falando de Tropa de Elite, e isso não é a realidade (em termos de violência) de todo o país, mas é a verdade da corrupção suja e nojenta que existe nos bastidores do poder. A única coisa que eu fiquei triste desse filme, foi que ele estreiou DEPOIS das eleições. Por que será?

Agora um filme (?) infantil, também continuação que foi uma das grandes maravilhas deste ano. “Toy Story 3”, eu não gostei do primeiro e passei longe do segundo. Fui assistir ao filme apenas por falta de um filme melhor (A maioria dos filmes deste ano eu vi assim) e confesso que foi uma grata surpresa. Ainda inferior a Wall-E (que para mim é a obra prima da PIXAR), o desenho traz uma história delicada de amadurecimento, dos tais ritos de passagem que todos nós temos que ter um dia.

O quarto, obviamente, não poderia deixar de ser... Harry Potter. Os filmes do bruxinho vieram melhorando muito com o tempo. E Relíquias da Morte conseguiu fechar (pelo menos nessa primeira parte) as pontas soltas que estavam desde o quinto filme. Claro, não foi uma adaptação digna do livro, mas ele teve um bom roteiro, efeitos fantásticos e a trama fascinante.

O quinto filme é um francês (E eu dificilmente, tirando os filmes britânicos, gosto de filme europeu) que chama “Rindo a toa”. A trama é simples, mas foi contada de uma forma tão singela e delicada que se tornou um dos grandes atrativos do ano. É história de relacionamento familiar, trama que tem aos montes por ai, mas o que vale do filme é a forma como foi contada e a LINDA fotografia parisiense, que é de tirar o fôlego.

Mais um filme nacional, e eu confesso que esse eu estava esperando ansiosa e não me decepcionei, foi “A Suprema Felicidade”, do Jabor. Como ele mesmo falou... Ele faz poesia em forma de filme. Não tenho outro comentário para isso. É um belíssimo filme, cativante, que prende a sua atenção pela delicadeza e inocência vista através dos olhos de um menino que tem no avô o seu grande herói.

Claro que, lista dos 10 mais sem filme de Scorsese não é lista dos 10 mais. “A Ilha do Medo” adaptação do livro ‘Paciente 47’, mostrou para o mundo que a dobradinha Scorsese e DiCaprio ainda vai longe. É outro filme perturbador que mexe com seu psicológico e mostra a forma como o ser humano reage perante tragédias que fatalmente acontecerão na vida de qualquer um. E sem contar que, o Leo vem mostrando ao mundo que tem talento e sabe do caminho que quer seguir.

“Os homens que não amavam as mulheres” foi apenas consequência do grande sucesso que o livro teve. Foi simplesmente, a febre desse ano. A trama de Stieg Larsson chegou para ficar e a sua grata consequência foi a produção Sueco-Dinamarquesa mostrando que não são somente os americanos, britânicos e franceses que tem condições de fazer um thriller cheio de reviravoltas e ainda ter uma ótima adaptação de um best-seller.

Nacionalmente falando, as histórias dos filmes são praticamente as mesmas. Ou fala do nordeste, ou fala da violência no Rio de Janeiro, ou então, se fala de relações joviais. Em sua grande maioria, são filmes descartáveis que você só assiste para passar o tempo e não cair no ócio. Mas “Antes que o mundo acabe” foi um dos belos filmes nacionais que vale a pena rever sempre que tiver a oportunidade. Mostra a construção de uma relação entre um garoto e seu pai que há muito não dava notícia. A descoberta de que a vida não é um conto de fadas sempre e como reagir perante situações problemáticas.

O último filme, e este está nesta lista apenas para completar os 10 mais, é “A rede social”. Com trama rasa, falhas no roteiro e uma história nacionalista demais, o filme traz ao mundo os “bastidores” de como o ‘Facebook’ a rede social que mais cresceu nos últimos anos surgiu. Como o seu criador usou seu conhecimento para se tornar o milionário mais jovem do mundo e ainda ser expulso de Harvard.

Lobinha.

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