Geralmente filmes românticos têm
perdido sua qualidade nos últimos anos. É difícil encontrar um romance que
envolva uma pitada de comédia e emoção ao mesmo tempo. Talvez, as pessoas
contem nos dedos de uma mão os filmes que realmente valem a pena.
Em 2007, Edward Burns (Vestida
para casar) apareceu com “Segunda chance para o amor” e me fez mudar um pouco
de opinião quanto ao gênero. Engraçado, é que muitas pessoas, ao olhar para
algum filme dele, pensa que ele é apenas mais um ator bonito medíocre que faz
pontas em filmes importantes. Felizmente, não é bem assim.
Em “Segunda Chance para o Amor”,
Patti (Selma Blair – Segundas Intenções) é uma escritora em ascensão,
enfrentando uma crise no casamento, que descobre que um antigo amor de sua
melhor amiga, é o melhor amigo de seu primeiro amor, Brian Callahan (Patrick
Wilson – Whatchman), um famoso escritor que está tentando escrever algo que,
para ele, faça algum sentido. Enquanto isso, Murphy (Edward Burns) luta para se
livrar do alcoolismo e tentar recuperar a confiança de seu antigo amor (E
melhor amiga) Kate (Debra Messing – Uma ótima atriz sem o devido valor).
O filme une duas coisas que estão
intrinsecamente ligadas, a literatura e o cinema, e talvez por isso mesmo,
chame tanto a atenção de pessoas com gostos sofisticados e para aquelas pessoas
que gostam de um bom romance. Hoje não se imagina o cinema longe da literatura,
e os dois personagens principais sendo escritores, torna o filme prazeroso aos
espectadores.
A fotografia não podia ser mais
urbana: Nova Iorque no inverno, a estação dos grandes amores. O bom do filme é
justamente isso. Pessoas que, mesmo decepcionadas com suas vidas, não desistem,
se permitem novas experiências (Coisas que na vida real dificilmente acontece)
e quem sabe ser feliz de alguma forma.
As personagens da Selma Blair e
da Debra são um exemplo disso. Kate completamente magoada com Murphy reluta em
aceitar a sua mudança, mas acaba cedendo e dando uma chance para que ele possa
mostrar que não é mais o alcoólatra que tanto a magoou. E Patti, saindo de um
casamento desgastado, onde não era valorizada pelo marido, precisa de alguma
forma, se encontrar novamente, para então poder ser feliz com seu verdadeiro
amor.
Já Brian, é o típico “cara”
legal, que sempre estará apoiando a mulher que ama, mesmo que pra isso precise
ignorar um pouco seu sentimento. Quando ele percebe que pode ser feliz com ela,
tenta de todas as formas estar junto dela, o problema é que ele também está se
preservando para não sair magoado quanto a primeira vez. E Murphy tentando
recuperar a sua dignidade perdida por conta da bebida. E isso o faz querer
pedir desculpas a todos que magoou, principalmente sua melhor amiga e a mulher
que ele ama.
O bom do filme é que ele mostra
que as pessoas erram, não são perfeitas, mas que mesmo assim, elas devem
merecer uma segunda chance para reparar aquele erro. Mostra as reviravoltas
que, às vezes, o destino prega em você e o quanto você ainda pode ser feliz com
isso. É só não se fechar ou se isolar quando isso acontecer.
A trilha sonora, movida por
baladas gostosas de escutar à dois, ajuda a compor o clima de romance que paira
no filme inteiro. A delicada direção do Burns mostra que, além de um ator sóbrio
no que faz, é um diretor com uma visão delicada que consegue captar a emoção
que o personagem (E não a interpretação do ator) está sentindo.
Segunda Chance para o amor é um
filme que deve ser visto não somente por mulheres solteiras em datas próximas
do dia dos namorados, mas por todas aquelas pessoas que têm a delicadeza
necessária para entender todas as nuances de um filme assim.
Vanessa.
2 comentários:
Essa sua ultima estrofe me emocionou.
Você só passa o dia 12, se quiser! Estarei sempre ao seu dispor. Você me reacendeu a luz da vida. Você é meu Sol! Sinto-me recarregado toda vez que estou com vc!
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