quarta-feira, janeiro 23

Rápido que adormecer



Redescobrir “I dreamed I dream” em meio a tanto tumulto nos últimos dias têm sido desconcertante. Saber que uma vida humana é uma das coisas mais frágeis que existe, sempre é desconcertante.

E descobrir isso através da morte de uma menina, com toda a vida dela pela frente, é ainda pior.

Quando algo assim acontece, sempre fico me perguntando o que está acontecendo ao mundo, parece que a medida que descobrimos novas formas de tecnologia, nos tornamos menos humanos. Chamar uma pessoa daquela de animal, é estar ofendendo toda uma gama de bichos que JAMAIS agem por pura maldade, e sim agem por instinto, matando tão somente e apenas para matar a fome, depois convivem numa boa com o fruto do seu alimento.

Os seres humanos deveriam aprender alguma coisa com os animais, de verdade, assim talvez eles aprendessem um pouco em como é ser humano...

A vida humana é frágil e morrer é mais rápido que adormecer, e por isso mesmo deveríamos ter mais cuidado com ela, deveríamos ter respeito pela condição humana, pelo próximo, nunca fui religiosa ou coisa assim, mas sempre compreendi o que Jesus falou em “amor ao próximo” e quando eu vejo algo do gênero acontecendo no mundo, fico me perguntando se no instante seguinte que Jesus morreu, ele viu a grande besteira que fez.

Tudo se torna maior quando é alguém que conhecemos, que fomos acostumados a conviver parte da nossa vida... Vida...  O que certas pessoas entendem do que seja a vida?
Como já disse Sylvester Stalone em “Os Mercenários 2”, os melhores morrem jovens... A ordem natural das coisas não deveria ser confrontada dessa forma, jamais. Que racionalidade é esta que mata de forma fria, cruel, apenas visando o vil metal? Que humanidade é essa que mente, que engana? Que humanidade é essa da qual vivemos?

Deus leve-nos de volta à época das cavernas, por favor, quando não tínhamos humanidade nenhuma, quando ainda tínhamos compaixão, amor e respeito ao próximo..
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É possível que o ser humano, capaz de conseguir fazer um aparelho em que temos nossa “vida” dentro dele... Será que ele perdeu a capacidade de ter respeito pelas pessoas? A ter respeito pelo próximo? A ter respeito pela vida?


Vanessa Carvalho.

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