quarta-feira, julho 31

Parabéns JK, e obrigada por todos os livros.



No dia do aniversário da JK Rowling e de Harry Potter, é bom fazer uns breves comentários sobre a série.

Não foi com surpresa que eu vi que em alguma faculdade há uma espécie de concurso sobre o primeiro livro da série “Harry Potter e a Pedra filosofal”. Bem, que trabalhos sobre Harry Potter são feitos no mundo, não é surpresa, mas me espantou o tom crítico que havia no cartaz.

Talvez não tenha entendido direito o que o cartaz realmente estava querendo dizer, mas a verdade foi que me deu a impressão de que a pessoa em questão ou ficou presa somente aos filmes ou então só teve acesso à primeira história para fazer sua tão infundada crítica.

Sim, é verdade que há, em todos os livros do bruxo, severas críticas ao preconceito (De todas as formas), mas isso não mostra que a escritora seja preconceituosa ou coisa do gênero, pelo contrário, mostra o grande conhecimento que JK tinha sobre os assuntos implicitamente abordados na série.

Quando ela resolveu dividir a escola em casas colocando nas mesmas características para que os alunos acabassem caindo nelas, ela apenas quis ressaltar não os defeitos, mas as qualidades que esses alunos tinham (Tanto que todos os alunos das quatro casas iam para as aulas juntos, não havia separação). E mesmo com o passar dos anos, acabamos conhecendo personagens de todas as casas que fugiam as características principais. Tanto que em determinado momento da vida escolar de Harry, Dumbledore o esclareceu que não eram as qualidades dos alunos que o tornavam quem eles eram e sim suas escolhas (Mais precisamente no segundo ano de Harry).

Se formos analisar profundamente o próprio Dumbledore, ele não era perfeito. Em sua longa história, contada no sétimo e derradeiro livro, vemos que o querido professor detinha uma imensa fraqueza em relação ao poder. Quanto mais ele tinha acesso a ela, mais sucumbia à sua ambição, motivo este de ele nunca ter aceitado ser ministro da magia.

E quanto ao trio? O que falar dos três? Harry Potter, mesmo tendo uma fidelidade enorme pelos seus amigos e entes queridos, sua habilidade de quebrar regras e arrogância o tornaria um brilhante aluno da casa Sonserina (E não foi porque ele era uma verdadeira horcrux); Rony entrou para Grifinória por uma tradição familiar, apesar de no livro ele ser um cara centrado e inteligente, ele não detinha a maior característica da casa, que era a coragem, mas era leal (E assim o foi por toda sua vida); e a Hermione... Bem... Quem discutir comigo que Corvinal também seria uma de suas casas, simplesmente estará me afirmando que ficou restrito aos filmes apenas.

E o que dizer do Snape? Tirem suas conclusões. “Quem menos demonstrava amor, era quem mais amava” e isso durou, tipo... A vida toda. E apesar de haver uma parcela dos fãs que afirmam que foi o amor que o salvou, eu digo que foi as circunstâncias que o levaram a tomar algumas escolhas erradas. Claro, não podemos negar que realmente o amor o salvou, o fez enxergar racionalmente, mas ele não teria feito as escolhas que fez se não tivesse sofrido tanto.

Mas é em Voldemort que a autora mostra que suas escolhas podem afetar você. Tom, apesar de ter nascido de uma porção do amor, e em razão disso não saber exatamente o que isso significava, poderia ter escolhido outros caminhos, poderia ter feito a diferença, mas como a única coisa que conhecia era a ganancia e a ambição... Bem... Deu no que deu.

Ele era preconceituoso, racista (No mundo dos bruxos claro), intolerante, e aparentemente perseguia implacavelmente determinada “raça” de bruxos. Em pronunciamentos pós livros/filmes, JK contou que a primeira guerra bruxa se deu nos mesmos anos da Segunda Guerra Mundial. Se formos analisar profundamente, “os nascidos trouxa” foram tão perseguidos no mundo bruxo quanto os judeus, o que não quer dizer que JK seja nazista (Como deu a entender a postagem). Se assim o fosse, Voldemort não teria perdido... Duas vezes, não é?

Ao contrário do que os trouxas acreditam, Harry Potter não é uma história que prega o racismo, intolerância e indiferença pelo que é diferente, pelo contrário, Harry Potter mostra que quando você tem o coração bom, mesmo tendo dificuldades na vida, você tem a oportunidade de fazer o bem. Harry tinha todas as circunstancias para ir pelo mesmo caminho do Voldemort, então... Por que não o fez?
Esse é mais um daqueles posts de divagações aleatórias que fico pensando de vez em quando, em determinados momentos da vida.

Vanessa Carvalho.

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