terça-feira, agosto 20

Homem de aço...



Superman – Man of Steel deu nova cara para o mito Superman. Ainda foi um filme sem muita ação onde várias referências da sua história ficaram de fora mais uma vez. E mesmo sendo muito superior ao último filme do personagem, parece que Zack Snyder ainda não acertou a mão ao contar a história do filho mais famoso de Krypton.

Neste filme em questão, Clark Kent ainda está atrás de respostas sobre o que ele é, de onde veio e porque de todos aqueles poderes. Então, ele parte em busca de respostas, e durante sua jornada conhece Lois Lane (?) numa base militar no polo norte, coincidentemente onde se encontra a sua fortaleza da solidão (Que na verdade é uma nave kryptoniana).

Um ponto bastante positivo que vi no filme, foi Jor-El (Maravilhosamente interpretado por um Russel Crowe pós Javert). Ele esteve sempre presente como uma consciência do Clark, mostrando para ele tudo o que ele precisava, além de demonstrar certo carinho pelo filho. 

Outra coisa que ficou muito interessante foi a ambientação de Krypton, quase meia hora do filme é mostrando os últimos instantes do planeta. A forma como a população vivia, mesmo que apenas citada rapidamente por Jor-El, mostrou como eles viviam e pensavam a vida. Não pude deixar de lembrar Gataca nessa hora. A história de serem seres superiores ficou nos anos 70, agora os kriptonianos eram exploradores que viviam atrás de outros planetas para adquirir mais conhecimento.

Mas minha admiração pelo filme parou ai. O mundo sabe o quanto eu sou apaixonada pelo Superman e sua mitologia. Desde minha infância, quando assisti aos filmes do Christopher Reeve, o Superman faz parte da minha vida, mas, acho que depois de Smallville, dificilmente verei Clark Kent com os mesmo olhos de antes.

Várias passagens do filme me fizeram lembrar o quanto a série foi boa em relação ao mito Clark Kent. Claro, não havia tempo para fazer romances juvenis no filme, mas a adolescência do Clark ser mostrada como forma de lembranças me pareceu simples demais e rápidas demais (Claro que os fãs mais atentos verão algumas coisas bem conhecidas da gente).

E não que eu esteja falando que a interpretação de Kevin Costner é ruim, mas como Jonathan Kent ele deixou muito a desejar. Talvez eu esteja sendo influenciada pela série, mas Jonathan Kent teve um papel mais importante na vida do Clark que o mostrado no filme.

Outra coisa que eu achei estranho foi o ufanismo de Zod em relação a sua terra natal. Zod era um general despótico, um pária e não uma pessoa que não teve escolhas para fazer outra coisa, como mostrado no filme. Ele não estava preocupado em recriar Krypton, e sim conquistar tantos mundos quanto pudesse conquistar, não importando as consequências. Esse ufanismo que colocaram no personagem vai contra tudo o que ele é nos quadrinhos.

E o que dizer da química (no caso falta dela) de Amy Adams e Henry Cavil? Eles estavam interpretando o casal mais famoso da história Cult/nerd já inventado e a química entre eles estava no nível de uma batata. Talvez eu esteja sendo levada pelo fato de não achar a Amy uma atriz assim tão boa, mas eles dois não ficaram interessantes na tela. E pasmem, senti falta (E muita) de Erica Durance no papel da jornalista irônico-sarcástica que vivia para infernizar a vida de Clark Kent (Seja como colega de trabalho, seja como interesse amoroso).

Mas, todos esses tropeços seriam perdoados se Henry Cavil tivesse estudado um pouco mais o personagem. Na maior parte do tempo ele pareceu mais como Keanu Reeves em “O dia que a terra parou” do que um filho do Kansas. Sendo levado por razões até bem egoístas, deixou a grande humanidade que o personagem tem no pé esquerdo dele.
E... Superman SEM John Williams NÃO É Superman. Onde está a música tema do personagem, Zack?

É Dorothy, parece mesmo que não estamos mais no Kansas.

Vanessa Carvalho.

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