segunda-feira, junho 29

Divertida Mente: Conscientizando através da diversão.


Bom deixei passar alguns dias, mais precisamente uma semana para poder falar sobre o novo filme da Pixar “Divertida Mente”. 

A história é basicamente cinco sentimentos ‘comandando’ a mente das pessoas, no caso de uma menina de onze anos que precisa aprender a lidar com a confusão que foi quando a família se mudou para São Francisco. 

O mundo da Riley aumentou e à princípio ela não soube lidar muito bem com a mudança. E quando isso acontece, os sentimentos Alegria, Tristeza, Raiva, Nojinho e Medo ficaram fazendo o que sempre fizeram sem se dar conta que a realidade da criança havia mudado.

Depois de uma confusão, a Alegria e a Tristeza se perdem com memórias relacionadas à personalidade da personagem como a relação que ela tem com a família, amigos e o mundo em geral. Quem ficou no comando foi o Raiva, o Medo e a Nojinho.

Primeiramente, a Alegria tentou fazer com que a Riley aceitasse bem a situação, mas a Tristeza, sendo talvez a mais humana dos cinco, sabia que a Riley não estava bem, que ela precisava agir, mas sendo impedida pela Alegria.

No mundo de fora, Riley estava na maior parte do tempo com medo e com raiva da nova situação, já que seus pais se mudaram sem perguntar a ela o que ela achava, nem conversando direito depois da mudança. Mudanças sempre são complicadas, ainda mais quando se trata de crianças entrando na adolescência como foi o caso da personagem. Tudo vira uma confusão sentimental, que se não trabalhada, pode mudar a vida da pessoa definitivamente.

Tristeza
Foi somente quando a Alegria e a Tristeza ficaram sozinhas e por esse motivo, ficaram mais próximas, foi que realmente passamos a conhecer melhor as duas. A Alegria sempre positiva, sempre linda, sempre brilhante, ignorou, talvez não por maldade, o que se passava ao redor dela. Vejam, quando as pessoas estão felizes, elas ficam mais egoístas, e dificilmente aceitam que alguém ao seu lado fique triste. Já a Tristeza viu que ficar triste o tempo todo, todo o tempo não ajuda em nada, ela precisou sair daquele mundinho dela melancólico para poder entender que ela também era importante. 

A Tristeza ser o ponto importante no filme todo, mostrou quão humana e sensível ela é, talvez a mais sensível de todos eles, pois ela ouvia as pessoas. E isso ficou claro na belíssima cena em que vendo que o amigo imaginário da Riley estava esquecido, deixou que ele chorasse até que aquela sensação ruim que estava dentro dele passasse. Quando a Alegria viu o que aconteceu e perguntou à Tristeza o que acabara de acontecer, ela vira e responde simplesmente “Ah não sei, eu apenas o escutei”.

O filme serve de alerta para todos, mostrando que SIM, é normal ficar triste, que não há nada de errado em se sentir assim. Ser alegre é importante, mas também não se pode ignorar os outros sentimentos como a raiva, a tristeza e o medo. Isso fica claro quando as duas se perdem. Creio que essa mensagem tenha sido feita diretamente aos pais. Mostrando que não se deve ignorar tais sentimentos. Até então a Pixar havia acertado duas vezes com Wall-E e Up. Agora a Pixar acertou com Divertida Mente. 

Devo abrir um parêntese para o curta Lava. Com uma musiquinha linda e bem chiclete, mais uma vez ela mostra que não somente a animação é importante, seus curtas são um show à parte. Divertida Mente chegou para entrar para o rol dos filmes que ficarão na memória de pais e filhos.

E não esqueçam: ser arrastada é gostosinho.

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