Um amor entre luz e trevas. É assim que podemos
classificar Dezesseis Luas (2013), que está em exibição nos cinemas. Uma
história cativante e envolvente, com um roteiro forte e personagens decididos,
Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013) chegou para tapar o buraco deixado
por Harry Potter e Crepúsculo.
A trama conta a história de Lena, uma adolescente que
chega a uma cidade do sul dos Estados Unidos que logo atrai os olhares curiosos
dos moradores locais. Uma porque sua família constantemente é ligada a rituais
satânicos e outra porque o “Golden boy” da sala acaba se interessando pela sua
personalidade sarcástica e irônica, Ethan Wate. A verdade é que a família de
Lena, além de ser conhecida como fundadora da cidade Gatlin, tem certos
poderes. E a maioria deles para as trevas.
O envolvimento amoroso entre Lena e Ethan torna-se
inevitável e os dois descobrem que seus destinos estão tragicamente ligados por
uma maldição que se concretizará no décimo sexto aniversário de Lena. Data esta
que, além de cair no dia do solstício de verão mais poderoso dos últimos cinco
mil anos, determinará se a jovem servirá a luz ou as trevas.
Diferente de seu espelho, Crepúsculo, a trama tem uma
história interessante, deixando de lado apenas a característica de uma
adolescente idiota que chega numa cidade pequena atraindo olhares do partido
mais rico da cidade sem fazer nada para que isto aconteça.
Ao contrário de sua colega, Lena é uma garota
determinada, sarcástica e irônica que não abaixa a cabeça para as patricinhas
da cidade, nem fica encantada a primeira vista com Ethan. Ele, ao contrário,
não é o partido perfeito. Chega a ser irritante em alguns pontos, teimoso e
insistente. Lena não fica repetindo várias vezes que Ethan não foi feito para ela
(Isso fica ao encargo de seu tio brilhantemente interpretado por Jeremy Irons),
mas mesmo assim, eles aceitam o desafio de juntos tentarem encontrar uma forma
de quebrarem a maldição.
É um romance adolescente, isso não há que se negar, mas é
um romance adolescente em que mostra que não há somente o bem todo bom e o mal
todo ruim. Que existem os dois lados dentro de cada pessoa e que não é isso que
vai determinar quem seremos em nossas vidas. Que temos uma escolha na vida, e
que, ao fazê-las devemos aceitar as consequências que fatalmente virão. É assim
que é a vida, e não podia ser diferente nas histórias.
O elenco conta ainda com Viola Davis, interpretando uma
espécie de conselheira de Lena e guardiã de Ethan, Emma Thompson, interpretando
a mãe ressurgida das trevas de Lena e Emmy Rossum (O Fantasma da Ópera) como
Ridley, a prima má de Lena nos brindando com uma dose de comédia entre as duas
personagens.
Não é preciso ter lido aos livros para entender o enredo,
nem para enxergar as diferenças gritantes entre as personagens mais famosas do
cinema ultimamente. A trilha sonora é um caso a parte feita para chamar a
atenção da turma teen mesmo.
Com reviravoltas fantásticas, efeitos especiais
brilhantes e um roteiro e interpretações sérias, Dezesseis Luas chegou para
exigir um lugarzinho no mundo teen e,
se possível, afetar também a turma mais velha.
“There's a new world. It ain't all dark, and
it ain't all light, and it ain't all ours.” (DUCHANNES, Lena).
Vanessa Carvalho.
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