Para cada
pecado, existe uma virtude que se contrapõe. E o pecado de Sofia era a
arrogância. A arrogância de saber que ela era uma das mais inteligentes da
faculdade, e por isso mesmo, seria quase impossível não conseguir a vaga para
qual estava concorrendo.
O horário
marcado já havia sido quebrado, e isso a estava irritando. Ficava balançando a
sua perna direita incansavelmente e já havia roído as unhas por pelo menos duas
vezes, justo quando ela havia decidido parar com esse vício horrível. Já não
era uma garotinha e esse vício deveria não existir mais. Ela pensaria nisso
depois que conseguisse a vaga de emprego.
Sofia Collins.
Estatura mediana, pele de um moreno da qual ela se orgulhava, cabelos cacheados
que sempre causou inveja em suas amigas, apesar de ela mesma desejar possuir um
cabelo mais liso e olhos de um castanho único, beirando a cor de mel. Cor esta
herdada de sua mãe. Não se lembrava da mãe mais do que os detalhes que havia em
uma foto cuidadosamente guardada em sua carteira.
Quando
criança, gostava de escutar as histórias que seus tios e avós contavam dela.
Diferente da filha, Anna jamais imporia sua inteligência para humilhar outras
pessoas, como várias vezes Sofia fizera. Motivo de sempre aparecer um sorriso
no canto de sua boca ao pensar no que sua mãe faria, se soubesse dessas
atitudes dela. Sempre depois dos sorrisos, Sofia soltava um suspiro melancólico
de nunca ter uma resposta concreta sobre isso.
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