Recentemente
vi, em uma brincadeira desses testes do Facebook, uma foto de 2010 que me
deixou pensativa. Olhando a foto, a pessoa que aparece nela... Foi uma vida
atrás. Aquele ano aconteceu tanta coisa...
Eu havia
terminado meu relacionamento por não me sentir mais confortável com ele, foi a
decisão mais objetiva que eu fiz na vida, sem pesar os prós e os contras, pois
eu já estava me sentindo sufocada. Mas foi também em 2010 que eu conheci uma
pessoa que, por mais que eu tente, vez ou outra ele volta as minhas memórias.
Foi por causa
disso que eu fiquei com medo de relacionamentos. Mas eu vou contar essa
história para vocês.
Eu o conheci na
internet, começamos a conversar sobre a vida, e não via o tempo passar. E as
conversas se tornaram algo que eu precisava todos os dias, pois conversar com
ele me trazia paz (E não precisam comentar, sim eu sei que mergulhar no precipício
que é esse tipo de coisa, só traz a morte para gente). Ele parecia um sonho,
parecia saído das minhas mais profundas fantasias românticas. E o meu riso era
muito mais fácil com ele do que com qualquer pessoa “real” que me cercava.
Foi na época em
que eu estava me enganando sobre o direito e nem passava pela minha cabeça que
ser advogada seria um dia possível (E isso é outra história) e eu estava na
faculdade de jornalismo, logo as pessoas que estavam comigo naquela época,
sabiam da história toda.
O Miguel, é português
morando em Londres e que acordava com um mau humor incrível que só melhorava
depois de tomar seu café... Formado em direito e policial, escreveu um livro
pra mim, vejam só... Mas isso era parte do sonho. Essa coisa toda de se
apaixonar por pessoas que você apenas conversa é algo meio louco. Eu era do
time das pessoas que dizia que isso era impossível.
Mas claro que
sonho acaba alguma vez, e esse meu acabou, ainda hoje lembro da data, lembro
que também era uma segunda feira. Mais um motivo para eu odiar as segundas. E
como eu AMAVA o Miguel. Amava a fantasia, claro, mas eu AMAVA o Miguel. Acho
que foi a última vez que eu realmente senti isso por alguém. Amava ao ponto de
começar a pensar em me mudar de cidade, de país, de continente.
Mas claro que
tudo isso era coisa da minha cabeça. A realidade era algo bem diferente,
dificilmente um relacionamento assim acontece e dá certo. E isso me fez magoar
outra pessoa no processo, em 2011. Alguém que não merecia nada do que
aconteceu.
Nas minhas
fantasias, eu imaginava ele batendo na porta da minha casa dizendo que ele
estava parado na porta da minha casa me pedindo para ficar para sempre com
ele... Claro que isso jamais vai acontecer.
Desde que eu vi
aquela foto... Percebo que foi a última vez que eu sorri feliz. A felicidade é
algo tão forte que transcende seu interior parando no sorriso da pessoa. Sim!
Quando uma pessoa está feliz o sorriso dela é algo impossível de descrever.
O que me deixa
mais triste foi saber o quanto eu fui ingênua. Todas as dicas estavam gritando
na minha frente, estava tudo às claras, mas eu estava cega de amor demais para
poder entende-las...
Desde então eu
estou sozinha. Não me relaciono com qualquer pessoa há sete anos, e eu sei que
é por medo, eu não quero mais sofrer o que eu sofri quando a realidade, enfim,
resolveu cobrar o preço das minhas fantasias. Porque, a única coisa que eu
gostaria é de receber uma mensagem do tipo “primeiro encontro” e não do tipo “quero
ir contigo pra um motel”, entendem? Mas a realidade é cruel demais. E eu,
quando Deus estava na fila de “Sorte no amor”, eu estava na fila da
reclamação...
Enfim... Não é
um texto de uma história de amor, até porque, se eu for contar nos dedos as
histórias de amor que eu conheço quase nenhuma será relatada aqui. É uma história
SOBRE o amor. Daquelas que terminam com um “Nós sempre teremos Paris”... Só que
mais triste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário