O que eles esquecem, é que sendo Mitos e Lendas, essas histórias ficaram conhecidas oralmente, e suas versões mudam de tempos em tempos, mantendo-se apenas as características principais.
Outra coisa bastante criticada, que a meu ver, é apenas
gente querendo criticar uma coisa que não tem o que ser criticada, foi onde se
passa a história. Sim, até posso compreender a estranheza, seria uma
oportunidade incrível do Brasil conhecer o Brasil, porém, não sejamos ingênuos,
uma série desse porte demanda custo, e levar autores, produtores, equipamentos
e tudo o mais que a série envolve, demandaria um custo que talvez, com certeza,
a Netflix não estivesse disposta a pagar, talvez, com certeza, ela quisesse ter
pago essa grana na pós-produção, convenhamos, quem já assistiu sabe que os
efeitos especiais estão primorosos. Não deixou nada a desejar a nenhuma outra
produção estrangeira.
Então ele começa a conhecer pessoas um tanto estranhas, dentre elas Inês (Alessandra Negrini), uma mulher misteriosa, sedutora e perigosa, que faz de tudo para conseguir o corpo do boto de volta. Um adendo: em algum momento, o boto, que responde pelo nome de Manaus, acaba se tornando uma peça chave para a investigação da mulher de Erik.
Em paralelo a isso, Erik ainda precisa dar atenção a filha Luna, que ainda está muito abalada com a morte da mãe, pois a criança presenciou o acontecimento. Mas a própria criança também tem contato com um rapaz chamado Isac, que vira e mexe aparece e desaparece de maneira fantasiosa.
E enquanto Erik investiga a morte da mulher, algumas mortes começam a acontecer de pessoas que ele tem conhecido, começa a mergulhar no mundo fantasioso de seres e mitos brasileiros, dentre eles, Iara, a bruxa Cuca e o Curupira. Seres da floresta que vivem entre os humanos tentando vencer nesse mundo cão. Ao fim ao cabo, Erik, que no início era completamente cético em relação a tais seres, acaba entendendo que eles existem sim e juntos precisam vencer uma entidade perigosa chamada “corpo seco”.
Com um final que nos indica que haverá uma segunda temporada, a série prende a cada episódio. Carlos Saldanha acertou na medida de suspense e fantasia e na forma como trabalhou cada personagem. Alessandra Negrini perfeita em todos os sentidos, linda, talentosa e interpreta um dos maiores seres do Folclore Brasileiro de maneira completamente sublime. Zero defeitos praquela mulher.
Uma série que vale a pena cada segundo gasto para assistir. Mitos explorados nessa primeira temporada: Cuca, Saci, Iara, Boto, Curupira (em uma adaptação monstruosamente fiel), Tutu Marambá (Uma versão tupiniquim do Lobisomem) e Corpo-Seco (uma forma de entidade maligna que toma o corpo de alguém para poder se vingar de alguém que não o fez em vida).
Doida pra ver a versão da série para o Boitatá e o Mapinguari.
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