Superman – Man of Steel deu nova cara para o mito Superman. Ainda foi um filme
sem muita ação onde várias referências da sua história ficaram de fora mais uma
vez. E mesmo sendo muito superior ao último filme do personagem, parece que
Zack Snyder ainda não acertou a mão ao contar a história do filho mais famoso
de Krypton.
Neste filme em questão, Clark Kent
ainda está atrás de respostas sobre o que ele é, de onde veio e porque de todos
aqueles poderes. Então, ele parte em busca de respostas, e durante sua jornada
conhece Lois Lane (?) numa base militar no polo norte, coincidentemente onde se
encontra a sua fortaleza da solidão (Que na verdade é uma nave kryptoniana).
Um ponto bastante positivo que vi
no filme, foi Jor-El (Maravilhosamente interpretado por um Russel Crowe pós
Javert). Ele esteve sempre presente como uma consciência do Clark, mostrando
para ele tudo o que ele precisava, além de demonstrar certo carinho pelo filho.
Outra coisa que ficou muito
interessante foi a ambientação de Krypton, quase meia hora do filme é mostrando
os últimos instantes do planeta. A forma como a população vivia, mesmo que
apenas citada rapidamente por Jor-El, mostrou como eles viviam e pensavam a
vida. Não pude deixar de lembrar Gataca nessa hora. A história de serem seres
superiores ficou nos anos 70, agora os kriptonianos eram exploradores que
viviam atrás de outros planetas para adquirir mais conhecimento.
Mas minha admiração pelo filme
parou ai. O mundo sabe o quanto eu sou apaixonada pelo Superman e sua mitologia.
Desde minha infância, quando assisti aos filmes do Christopher Reeve, o
Superman faz parte da minha vida, mas, acho que depois de Smallville,
dificilmente verei Clark Kent com os mesmo olhos de antes.
Várias passagens do filme me
fizeram lembrar o quanto a série foi boa em relação ao mito Clark Kent. Claro,
não havia tempo para fazer romances juvenis no filme, mas a adolescência do
Clark ser mostrada como forma de lembranças me pareceu simples demais e rápidas
demais (Claro que os fãs mais atentos verão algumas coisas bem conhecidas da
gente).
E não que eu esteja falando que a
interpretação de Kevin Costner é ruim, mas como Jonathan Kent ele deixou muito
a desejar. Talvez eu esteja sendo influenciada pela série, mas Jonathan Kent
teve um papel mais importante na vida do Clark que o mostrado no filme.
Outra coisa que eu achei estranho
foi o ufanismo de Zod em relação a sua terra natal. Zod era um general
despótico, um pária e não uma pessoa que não teve escolhas para fazer outra
coisa, como mostrado no filme. Ele não estava preocupado em recriar Krypton, e
sim conquistar tantos mundos quanto pudesse conquistar, não importando as
consequências. Esse ufanismo que colocaram no personagem vai contra tudo o que
ele é nos quadrinhos.
E o que dizer da química (no caso
falta dela) de Amy Adams e Henry Cavil? Eles estavam interpretando o casal mais
famoso da história Cult/nerd já inventado e a química entre eles estava no
nível de uma batata. Talvez eu esteja sendo levada pelo fato de não achar a Amy
uma atriz assim tão boa, mas eles dois não ficaram interessantes na tela. E
pasmem, senti falta (E muita) de Erica Durance no papel da jornalista irônico-sarcástica
que vivia para infernizar a vida de Clark Kent (Seja como colega de trabalho,
seja como interesse amoroso).
Mas, todos esses tropeços seriam
perdoados se Henry Cavil tivesse estudado um pouco mais o personagem. Na maior
parte do tempo ele pareceu mais como Keanu Reeves em “O dia que a terra parou”
do que um filho do Kansas. Sendo levado por razões até bem egoístas, deixou a
grande humanidade que o personagem tem no pé esquerdo dele.
E... Superman SEM John Williams NÃO
É Superman. Onde está a música tema do personagem, Zack?
É Dorothy, parece mesmo que não
estamos mais no Kansas.
Vanessa
Carvalho.
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