O que sufoca você?
Qual é a coisa que faz com que você perca a falta de ar? Aquela coisa que você sente
que precisa respirar, mas que de alguma forma, não consegue? Alguém já parou para
pensar sobre isso?
Eu já. Aliás,
essa talvez seja a coisa que eu mais tenho parado para pensar nos últimos anos.
Que tipo de sentimentos estão afogados, ou se afogando, dentro de mim?
Certa vez, li
que são abençoados aqueles que não sentem, por não saber... E eu digo... Não,
não é legal. São tantas coisas, são tantos pensamentos, são tantos sentimentos
que aos poucos você vai se afogando neles, ou vai os matando aos poucos.
A cada
sofrimento, a cada tropeço, você acaba vestindo um pouco mais da armadura. É
como se você fosse um zumbi sentimental... Entendem? Atrás de “sentimentos” dos
outros para você poder se sentir mais vivo.
Esses dois anos
eu negligenciei tanto esse lado da minha vida, que eu não sei como voltar,
sinto que não tem mais volta, até porque, as opções que aparecem não são coisas
das quais me faça me sentir viva. Eu não quero uma pessoa que me faça despir
minha roupa... Eu quero uma pessoa que me faça despir minha alma, que faça com
que meu coração bata novamente... E eu sinto que... Cada ano que passa isso se
torna impossível de acontecer.
E eu só vim
perceber isso hoje, depois de conhecer uma história de amor – Das que dão
certo, mesmo quando as pessoas querem dar errado? Pois é.
Sinto falta de
ter alguém na minha vida, mas ao mesmo tempo não quero uma pessoa que apenas
esteja comigo porque vai ter sexo a hora que quiser. Não, eu quero uma pessoa
que acima de tudo... Esteja disposta a conversar horas a fio sem se importar
com a hora, uma pessoa que ao invés de querer sexo, queira intimidade. Uma
pessoa que fique.
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