Logo que começou o falatório sobre
a série This is us fiquei interessada, pois vi que falava sobre
relacionamentos: familiares, de trabalho, de amizade... E também demorei a
assistir porque sabia que esse tipo de tema mexe com nosso emocional.
Apesar de já saber algumas
coisas, na verdade sabemos de uma grande perda logo no segundo episódio, nada
abalou minha determinação de parar um dia para assistir à série. Esse dia foi
ontem. Aproveitei que era domingo e que o grupo de estudos havia sido
cancelado, para maratonar os 18 episódios disponíveis na TV à cabo. Então
começou uma história de “ser feliz por estar sofrendo”.
Sim a série, como suspeitava,
mostra, em sua forma mais cruel, os relacionamentos, amores, temores,
determinações, traumas.... Dos personagens. E mostra de uma maneira tão crível,
que fica impossível não se transportar para dentro daquela família tão
peculiar. Família essa que às vezes você tem vontade de bater até os calos das
mãos sangrarem, mas cinco minutos depois, querer coloca-los no colo dizendo que
tudo irá ficar bem.
Para quem ainda não está
familiarizado: a série nos mostra o dia a dia de uma família, desde o
nascimento dos filhos até a data atual. Em formas de flashbacks, mostra como
foi a infância e adolescência dos personagens que adultos seguiram caminhos tão
diferentes, mas ainda assim, ligados pelos laços do amor.
Aliás, temo dizer que a série tem
como mote o amor em todas as suas formas. Amor de um pai pelo filho que,
sabendo que não poderia oferecer nada além de drogas, toma a difícil decisão de
abandoná-lo para que ele tivesse uma chance. Amor de uma mãe que, mesmo depois
de uma perda de um filho, junta os cacos de seu coração para cuidar de três crianças
(uma delas adotada) pequenas. Amor de um pai que se sacrifica todos os dias de
sua vida (literalmente) para poder dar o melhor para a sua família e ainda
provar para o pai que ele jamais seria igual. Amor de um irmão que a única
coisa que ele queria era a aprovação dos outros dois, mesmo que isso
significasse se sabotar. E amor de um amigo que mesmo sendo rejeitado por um
dos enteados, o queria muito perto apenas para ter só mais uma lembrança do
amor.
A série é tão poderosa em termos
emocionais que mesmo escrevendo essas palavras, lágrimas me veem aos olhos
lembrando da catarse de emoções que foi maratonar a série. E não pensem vocês que
eu não pensei em deixar para outro dia quando vi que eram mais de duas horas da
manhã, pensei, eu apenas não consegui.
São personagens tão poderosos,
são personagens tão bem criados e interpretados que você sempre quer saber mais
um pouco sobre eles.
De todos dois... Três, talvez? Se
destacam. Jack que foi o marido perfeito, o pai perfeito, o amigo perfeito
dentro de toda a sua imperfeição que você quer conhece-lo. Milo Ventimiglia se
doou de uma maneira tão intensa para esse personagem que fica complicado não
imaginar o ator agindo de forma diferente do personagem, garanto que ele calou
a boca de pessoas que torciam o nariz para ele desde a série Heroes.
Sterling KBrown que... Não há outra forma de falar sobre ele que não seja: dono das
melhores e mais intensas interpretações da série. Não que haja interpretações
ruins, porque não há. Mas o Sterling (e seu Randall) foi o responsável pelos
altos e baixos emocionais dos 18 episódios que eu assisti.
E Ron Cephas Jones.
Ele foi responsável por todos os melhores momentos.... Impossível não se
encantar com o William. Impossível não tornar esse personagem como parte de sua
família. Impossível não torna-lo seu personagem principal e não querer estar
junto dele na viagem a Memphis e ouvi-lo tocando. Impossível não se apaixonar
por ele nos 10 primeiros minutos.
A família Pearson chegou para
ficar. Ainda há muita coisa a ser mostrada. Ainda há muitas emoções a serem
trabalhadas. Ainda há muitos traumas a serem superados.
Ainda bem.
Vanessa Carvalho
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