Hoje, quando
estava no carro indo fazer umas coisas, começou a tocar Por Enquanto na versão
mais punk que já existiu, a da Cássia Eller (numa rádio que está em modo
experimental. O legal disso é que só toca música o dia todo, só parando para a
funesta Voz do Brasil) e eu comecei a analisar a letra da música que muitas
vezes eu mesma cantei no automático.... Parece que é quando estamos mais
magoados que começamos a filosofar sobre.... Tudo.
Por mais que
seja piegas, mas a letra da música é bastante interessante, pois ela já começa
com “Mudaram as estações, mas nada mudou” e essa frase pode ser interpretada de
tantas maneiras quantas forem possíveis dentro da nossa belíssima língua portuguesa.
Eu mesma já interpretei essa frase de tantas formas diferentes, que fica
complicado tentar adivinhar qual sentido que o Renato colocou nessa frase.
A minha
interpretação desta vez é que por mais que eu tente, parece que eu e essa coisa
de relacionamento não fomos feitos um para o outro, e a ironia disso tudo é
que, como dizem, como sou teimosa ainda insisto, sabem aquela frase que diz “mãe
é tudo igual, só muda o endereço”? É mais ou menos por aí esse quesito da minha
vida, porque... Da primeira vez que acontece realmente não é sua culpa, da
segunda vez, você fica pensando que, por mais difícil que seja, um raio ainda
pode cair no mesmo lugar, mas... Três vezes? Três vezes SEGUIDAS que se tenta e
que no final o que você escuta é: Eu tô fazendo isso para não te machucar...
Ironicamente fazendo a única coisa que destrói o coração de uma pessoa... Três
vezes que “não é você, sou eu”, faz você parar para pensar em entrar para o
monastério...
Ai começam as
várias dicas, algumas até ajudam, não nego, mas...
Então você se
pega fazendo a única coisa que você parece ter talento: filmes. Se joga no
mundo cinematográfico, constrói seu muro, dessa vez com mais pedras, e fica lá
dentro sem se importar com o que acontece ao seu redor. Dessa vez o “mudaram as
estações, nada mudou” é que SEMPRE ocorre o mesmo resultado, coração magoado,
depois de um “não é você, sou eu”... Depois da terceira vez, você passa ter a
certeza que sim, é você. É você que não vale a pena.
E claro, você não
quer que seus amigos te achem uma chata, porque convenhamos, não é legal você alugar
seus amigos, então, você se dá no direito de ficar uns três dias sem a máscara,
mas logo você a coloca novamente, tirando-a somente quando todos da sua casa já
se recolheram.... Assim, você pode tirar o seu sorriso e mostrar seu verdadeiro
rosto. E você a coloca por medo, porque a gente sabe que as pessoas
dificilmente entendem que cada um tem seu próprio tempo de luto.
Então, lá está você
novamente com aquela péssima sensação da qual você passou anos evitando com
louvor... Aquela sensação de estar cansada de tudo isso, de toda essa dor... De
novo e você não quer admitir, mas lá dentro, lá no fundo, você sonha que alguma
reconciliação de filme das comédias românticas que tanto se assistia na sessão da
tarde, ocorra na realidade... Não ocorre. E realmente, dizem que a esperança é
a última que morre, sim, porque a esperança te deixa feito uma imbecil olhando
umas mil vezes por dia um aparelho esperando algum esboço de mensagem, mensagem
essa que seu cérebro sabe que não vai existir...
Sabem o que dá
mais raiva? É você imaginar o “e se....”, isso que dá raiva, porque dá
esperança, esperança essa que você já deveria ter aprendido a não ter mais. As
coisas inacabadas, ou acabadas como um piscar de olhos ou respirar (Coisas que
fazemos sem nem notar que fazemos) que nos deixam piores. Será que mais alguém
é assim?
Aí, teóricos ficam
falando que o mundo está mais egoísta (Eu detesto egoísmo), claro que está,
mesmo quem não é acaba se tornando não porque quer, mas por necessidade. Aí
começam os julgamentos de que você está egoísta demais... claro, antes ser egoísta
que ter esse buraco (Aquele que Stephanie Meyer descreve brilhantemente no
livro Lua Nova – E sim, ela descreve esse buraco de forma perfeita, somente
quem já teve, ou tem, sabe que é aquilo mesmo) dilacerando cada parte do seu
ser e da sua consciência. É desse buraco, dessa dor que surgem os grandes males
da sociedade. Não se preocupem, não é esse o caso!
Mas o cansaço
é! A gente cansa de tentar, tentar, tentar; parece que nada do que a gente faça
é certo ou correto, ou.... Que a gente não valha a pena. Só pode ser isso. A
verdade é que você começa a acreditar, mesmo que no início você lute contra
tais pensamentos, que você não vale a pena. Não para os relacionamentos. Você é
ótima para outras coisas. E você começa a duvidar de tudo que te falam, de cada
elogio que te façam, porque... A realidade é um pouco diferente do que as
palavras dizem.
É como JK Rolling
disse.... As palavras realmente são nossa inesgotável fonte de magia... E
ultimamente é cada Avada Kedavra que eu tenho recebido que nem mesmo Harry
Potter seria tão famoso nem Hermione Granger seria capaz de deduzir.
Gente, querem
um conselho? Vou terminar o texto com o conselho que o Guia do Mochileiro das Galáxias
deu para o Arthur Dent (Que não o leu) no quesito Amor: evite-o, sempre que possível.
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