Certa
vez li um texto do Fallabella em que ele falava (poeticamente, por sinal) sobre
a saudade. Lembro que na época eu estava, coincidentemente, ferida. O texto era
tão avassalador que parecia que queimava por dentro, da mesma forma que o
sentimento do qual falava.
Saudade,
palavra que nós, usuários da língua portuguesa (Que já disseram ser a língua dos
anjos), temos o privilégio de ter com o significado que conhecemos - Sim, línguas
de origem saxã não têm essa palavra, logo ela é algo bem forte e específico
nosso – é algo que vai surgindo tão discretamente que você nem sente, e se você
sente, alguma coisa deu errado na sua vida.
E
há saudades de todo gênero e espécie... Nenhuma delas é boa. Com perdão ao
Fallabella, afinal quem sou eu para querer me comparar com ele, que escreve tão
brilhantemente bem, mas não há saudade boa. Se há saudade, falta-te algo. E se
falta algo, provavelmente, você está sentindo seu interior queimar.
É
ruim, muito ruim sentir saudade. É desesperador você querer que o tempo volte,
e como se viu em Alice através do espelho, ninguém pode fugir do tempo, e ele
não voltar, é isso que dói.
Todos fomos equipados com máquinas do tempo, as lembranças nos levam ao passado, e são as lembranças, as malditas lembranças que vão te corroendo feito ferrugem no ferro. Você tenta procurar uma saída, algo que te faça esquece-las, mas elas estão ali, como um coadjuvante que sempre aparece fora de foco mesmo você não se dando conta. E quando você dá espaço para ele... Você percebe o quanto gostaria de poder pegar algum escrito seu e voltar realmente àquele momento que insiste em te bater com soco inglês.
Todos fomos equipados com máquinas do tempo, as lembranças nos levam ao passado, e são as lembranças, as malditas lembranças que vão te corroendo feito ferrugem no ferro. Você tenta procurar uma saída, algo que te faça esquece-las, mas elas estão ali, como um coadjuvante que sempre aparece fora de foco mesmo você não se dando conta. E quando você dá espaço para ele... Você percebe o quanto gostaria de poder pegar algum escrito seu e voltar realmente àquele momento que insiste em te bater com soco inglês.
É
ruim sentir falta de algo que você sabe que não pode mais ter. E se você não pode
mais ter é porque algum dia você teve... Era preferível você nunca ter tido,
mas você sempre acredita que as coisas podem ser diferentes... E como é ruim
ver o quanto estamos errados.
Não,
sentir saudade não é bom! Sentir seu peito queimar no vazio não é bom. Sentir
que algo foi arrancado de você à força, definitivamente NÃO É BOM. E você se vê
pedindo a Chronos que faça com que esse tempo passe o mais rápido possível,
porque, se ele não resolver isso, não há mais nada que possa.
E apenas uma
coisa: Sinto sua falta não dos momentos íntimos, eu sinto a sua falta dos
momentos em que rimos, em que conversamos, em que sonhamos...
I'm
going to miss your lips. And everything attached to them. Please don’t
get lost (Elizabethtown).
Uma pessoa substituta.
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